Dia desses estava organizando uns produtos na prateleira e me veio em pensamento a lembrança de que eu também sou amada como “ele” era, só que é um amor que por muitas vezes não conseguimos definir, talvez por não conhecer o outro tão bem o quanto ele nos conhece ou por medo mesmo de assumir este amor que não pede pra ser amado.
É estranho pensar desta forma, porque a gente não se dá conta que mesmo quando não amamos certo alguém, nós podemos estar sendo amados por este. Como se dá isso? Indaguei-me. Então, lembrei que mesmo que eu não esperasse por alguma companhia naquela tarde, eu sabia que alguém viria até aqui, afinal no dia anterior a pessoa confirmou que viria e eu agora estou a imaginar como deve estar sua mente e seu coração pensando e mal esperando a hora das aulas terminarem pra vir aqui concluir comigo um pequeno serviço que iniciamos ontem.
Mas qual não será a surpresa ao saber que o serviço já está concluído? Pois eu não pude esperar, mas ele sim está esperando por mim... E só agora é que me dei conta disto.
Ah o exercício de amar...
Como é difícil parar pra pensar nisto. Sempre ouvir falar em amor incondicional entre Deus para com os homens, mas amor entre os homens é muito mais difícil de compreender, pois quando somos jovens, achamos que podemos amar a tudo, sem regras, sem tabus ou preconceitos, mas quando crescemos e vamos amadurecendo nossa idéia de vida é que passamos a observar como este sentimento é importante à medida que amadurecemos junto com ele.
Nisso eu tenho saudades de quando era mais jovem, pois eu podia amar melhor, mesmo escondido, mas tudo era intenso, forte, uma rajada poderosa...e agora não só resta a alegria de ter vivido isso, mas tenho que aprender que a cada dia amar é importante e se constrói aos pedaços, sem pressa.
Um comentário:
que lindo isso, adorei!
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