Comer, rezar e amar... não necessariamente nesta ordem!


   Pra começar, deixa colocar mais perto minha xícara de café quente, coisa de quem precisa esquentar os pensamentos antes de escrever... Hoje resolvi dá um tempo pra mim, não quis nem por os pés fora de casa, a semana foi dura, estava de "saco cheio" e fui assistir, finalmente, o final do filme Comer, rezar, amar. O final?! Eu nem havia assistindo sequer 20 minutos, então vamos considerar que o assisti todo novamente!
   Pensem numa viagem ao seu interior, há grandes sacadas nas falas da Julia Roberts como a escritora Elizabeth Gilbert, que vive numa busca constante de entender o papel de Deus em sua vida e como através disso irá conseguir resolver seus problemas internos, já que os externos parecem estar resolvidos. Só parecem...mera ilusão da personagem, porque na verdade ela não consegue se perdoar pela forma de vida que leva, sempre procurando respostas convenientes e pessoas que a amem, quando nem ela sabe ao certo o que é amar... quanto menos o que é espiritualidade em sua vida, então parte na busca destas respostas.
   Falando assim, até parece que estou vivendo este mundo dela...nada disso! Estou refletindo sobre os questionamentos que o filme tenta nos mostrar, assim como o livro que destaca maior riqueza de detalhes.
   Há uma grande parte deste filme, assim como no livro, que a escritora Liz quer fazer uma experiência num templo da Índia, onde ao mesmo tempo procura orientação espiritual com um Gurú da Indonésia.
   Tudo bem, aqui não se deve tocar no assunto religião ou formação espiritual, já que não é isso que ambas sequências querem mostrar aos seus telespectadores e leitores, apenas é o relato de quem passou por uma experiência do outro lado do mundo, num local místico e cheio de tradições milenares, e, falando em experiência, é aqui que eu entro!
   As palavras comer, rezar e amar, não precisam ser usadas necessariamente nessa ordem, você pode começar seu dia rezando, amando e comendo, ou inverter e começar pelo amar, enfim, comece por onde achar melhor. O que você precisa na verdade é buscar neste jogo de palavras o que mais te dar prazer? O que são essas verdades? Daí, este é o seu ponto de partida. Para muitos, o comer é o que há de mais prazeroso, pra outros o amar é prioridade, assim como o rezar é a busca do equilíbrio entre corpo e alma. Quando fazemos as tarefas com prazer, toda a nossa vida se abre por inteiro, o sorriso é constante em seus lábios e até o seu corpo responde a seu favor, por isso os Italianos adoram um bom prato de massa caprichado com um bom molho. Tudo bem, certamente você dirá que para se ter prazer, precisa que o outro responda a seu favor, mas me diz uma coisa: o prazer tem ou não que começar por você? Eu por exemplo sinto um enorme prazer ao ver um filme que me desperte emoções escondidas no meu "eu", que me lavem a alma e saltem sobre meus olhos, que me tragam algo de útil e que me mostrem bons professores para exercitar meu equilíbrio e minhas experiências de vida.
   O sábio Gurú Ketut, fala no filme para Liz, que: "para você conhecer Deus, precisa manter seu equilíbrio, plantar os pés com firmeza no chão, como se tivesse 4 pernas ao invés de 2. Assim você permanece neste mundo. Mas também deve parar de ver o mundo apenas com o que aprendeu até agora, com a sua cabeça, e passar a olhar o mundo com o coração."
   Muitas pessoas passam muito tempo voando sobre seus pensamentos, suas razões, e acabam usando pouco seus corações. Essa mania de racionalizar sentimentos, acaba prejudicando as relações, quando na verdade um simples toque poderia resolver tudo!
   Agora aqui sentada, estou revendo algumas passagens dos diálogos de Liz e Ketut (o Gurú da Indonésia), foi bem intrigante ouvir ele falar alguns conselhos. Quando doamos amor, curamos as pessoas, isso é mútuo. As vezes precisamos do modelo, do exemplo de alguém pra nos redescobrir. Pergunte a esta pessoa que te serve de espelho se você está sendo um bom amigo ou boa amiga, aprenda a sorrir com todo o seu ser, com toda a sua alma, com todo o seu prazer, assim as coisas serão melhores.
   Até na hora de amar é preciso manter o equilíbrio, sei que isso é difícil, principalmente ao ter uma semana dura como foi a minha desta vez, mas, as vezes perder o equilibrio por amor, faz parte de viver vida equilibrada.
   Liz, conclui o filme e o livro com uma citação emocionante e reflexiva: "No final, eu acabei acreditando numa coisa: a física da procura...A regra da física da procura é a seguinte: se você for corajoso o bastante pra deixar tudo para trás e começar uma nova vida, uma nova viagem de busca verdadeira por tua felicidade externa quanto interna, se tiver verdadeiramente disposto a tudo o que acontecer com você nesta viagem, se você aceitar a todos que encontrar ao longo deste caminho como professores, se estiver preparado acima de tudo para enfrentar algumas realidades bem difíceis sobre si mesmo, a verdade não será negada a você!"
   Portando, sejam bem vindos de volta a vida prazerosa entre comer, rezar e amar...não necessariamente nesta ordem! Lembre-se: A VERDADE NÃO SERÁ NEGADA A VOCÊ, APRENDA A REDESCOBRÍ-LA.



 

2 comentários:

Anônimo disse...

Uauu amiga... Confesso que amei esse filme.Assiti duas vezes no cinema, pq de alguma maneira ele tocou aqui dentro de mim!!
Mas não da forma como esse texto que tu escreveu... Nossa, tirei a venda dos olhos!! Adorei!
Um beijo, Jéh!

Consultora Kyka Freitas disse...

até hoje assisto quantas vezes forem necessárias, é um aprendizado sempre.