8 lições ensinadas pelo filme "Joy"


Longa traz importantes dicas para empreendedores, como a importância de ter uma rede de apoio e um planejamento.

Joy é um daqueles filmes que fazem com que você sinta coragem de batalhar pelos seus sonhos, custe o que custar. O longa conta a história de uma dona de casa que sentia, diariamente, dificuldade em limpar alguns cômodos com os produtos disponíveis no mercado. Em vez de se conformar com isso, ela idealizou e criou, dentro do quarto da filha, um esfregão com um conceito totalmente novo, que ajudou e continua ajudando milhares de pessoas.
Separamos aqui algumas das lições que o filme nos ensinou sobre empreendedorismo. Vamos conferir?

1. Comece por onde você conhece

As chances de o seu produto ou de a sua ideia darem certo, dentro de um ambiente familiar, são maiores do que as de quando você decide se aventurar por novas áreas.
A trajetória de uma das empreendedoras Endeavor, Heloísa Assis, a Zica doBeleza Natural, demonstra exatamente isso: cansada da falta de produtos para seus cabelos cacheados, a carioca, que trabalhou desde os nove anos para ajudar a sustentar a família, decidiu criar sua própria fórmula.
Usando o irmão como cobaia, a amiga como sócia e o marido como investidor, ela começou, literalmente, no fundo do quintal, um salão de beleza. Com o tempo, a rede aumentou e, agora, tem mais de 20 endereços e emprega mais de três mil pessoas.

2. Não use atalhos

Assim como Joy, sabemos que muitos empreendedores já passaram, ou vão passar, por situações em que precisam fazer aquela escolha crucial: ser honesto com alguém que não fez o mesmo com você ou aproveitar a situação para tirar vantagem? Recolher todos os encargos sociais ou pagar horas extras por fora e fazer ajustes duvidosos na contabilidade para ter um pouquinho mais de lucro?
A resposta para essa pergunta influenciará, e muito, a sua jornada como empreendedor. Todos sabemos que nossas ações têm consequências e que, uma hora ou outra, elas chegarão até o seu negócio. Os famosos atalhos nada mais são do que desvios de ética.

3. Planeje: isso faz toda a diferença

Planejar pode não ser a parte mais legal do negócio, mas, com certeza, é uma das mais importantes. Quantas notícias você já não leu sobre empresas que faliram por não terem feito um bom planejamento? Joy, por exemplo, fez, impulsivamente, uma segunda hipoteca em sua própria casa, arriscando literalmente tudo que tinha em prol da sua ideia.
Arriscar sempre será um ato importante dentro da área de empreendedorismo, mas desde que a ação seja pensada antes. Discutir suas ideias com pessoas mais experientes, como mentores, que já passaram por situações similares, é uma ótima saída. Muitas vezes, o projeto que você planeja investir é realmente incrível, mas o momento não é o melhor para realizar essa estratégia. E como você sabe qual é a hora certa? Pois é, o planejamento serve pra isso!

4. Persevere

Que a vida de um empreendedor não é um mar de rosas nós já sabemos, mas isso não quer dizer que você deva desistir toda vez que algo der errado em seu negócio. Errar é, em muitos casos, necessário e vai fazer com que você e seu time se desenvolvam e estejam mais preparados para os próximos desafios.
Um exemplo disso são Mario Chady e Eduardo Ouvírio, do Grupo Trigo. Hoje, quem vê os donos de franquias consolidadas no mercado, como Spoleto e Koni, não imagina que o primeiro restaurante da dupla quase chegou a ir à falência por causa de uma gestão desorganizada.
Joy também teve que enfrentar, além da sua dificuldade financeira, uma confusão burocrática, um fracasso total no momento em que seu produto foi posto à venda e o desafio constante de acreditar na sua ideia, mesmo quando sua família toda dizia que o seu negócio estava destinado ao fim.

5. Ninguém vende seu negócio tão bem quanto você

Quando se pensa em um esfregão, aposto que a primeira imagem que vem na cabeça é a de uma pessoa que trabalha em casa ou em algum departamento de limpeza. Qual seria a sua reação ao ver um comercial em que um homem, de terno e gravata, estivesse tentando vender esse produto? Essa foi justamente a razão pela qual, em um primeiro momento, os produtos de Joy foram rejeitados pelos consumidores.
Bastou que a dona de casa subisse ao palco, com sua cara e coragem, e explicasse o conceito de seu novo produto de uma forma simples e direta que as vendas voaram. O que fica de lição do filme é que a empatia pela marca é fundamental para a prosperidade dos negócios, e ninguém representa melhor a empresa do que quem a desenvolveu.

6. Você não precisa entrar nessa experiência sozinho

Ser empreendedor é mais do que só ter uma ideia fantástica, é conseguir compartilhar as suas angústias e dificuldades com uma rede de apoio que vai ajudá-lo a passar por fases ruins da melhor forma, oferecendo ótimos conselhos e puxões de orelha.
Essa rede de apoio pode ser formada por amigos que sempre acreditaram no seu potencial, pela sua família, por aquela pessoa que o incentivou a seguir em frente quando nada parecia dar certo ou até mesmo por mentores e consultores que podem orientar você a fazer a escolha certa ou ajudar quando estiver em apuros.

7. Ultrapasse suas barreiras

Tirar a ideia do papel é uma tarefa difícil, mas não impossível. Sabemos que o ambiente de negócios brasileiro não é um o sonho da maioria dos empreendedores. Mas, se tantos já conseguiram prosperar mesmo com essas condições, por que não tentar? O não você já tem, que tal sair da zona de conforto, pegar o que você acredita, misturar com força de vontade e ir atrás do que realmente você quer?
Deixe o “e se” de lado e troque pelo “vai que dá!” que já vimos dar certo tantas vezes. Joy quebrou muitas barreiras durante a sua história. Além de primeiro retomar aquele sonho de infância que estava há anos adormecido, ela lutou por seus direitos até o final, principalmente em um dos momentos mais difíceis da sua trajetória, a briga pela patente do seu próprio produto.

8. Retribua

Joy, quando se torna uma bem-sucedida mulher de negócios, olha para trás, para todas as dificuldades que enfrentou, os amigos que ganhou e perdeu, os atalhos que deixou de lado e pensa: agora é hora de ajudar pessoas que, como eu, tiveram uma ideia e acreditam que ela pode revolucionar o modo que olhamos para algo.
Saber que existem pessoas que irão te ajudar ao longo do caminho não só as torna mais confiantes, como também faz com que elas tenham mais vontade de ir além e conseguir fazer o mesmo que você faz por elas: devolver o que você recebeu durante todo seu percurso.
AutoriaEndeavor Brasil

5 LIÇÕES DE POKÉMON GO PARA EMPREENDEDORES

O jogo já superou o Tinder em downloads para Android e servidores não estão suportando a quantidade de acessos. (por Adriano Lira)

Pokémon Go é um jogo de realidade aumentada, que mistura elementos virtuais à vida real (Foto: Divulgação)


Lançado em 6 de julho, o jogo para celular Pokémon Go já pode ser considerado um grande sucesso. De acordo com a consultoria americana Similar Web, o game está sendo usado ativamente por 3% dos usuários de aparelhos com o sistema Android.
O número é maior que o do Tinder, aplicativo de relacionamentos acessado ativamente por 2% dos donos de Android, e pouco menor que o Twitter, com 3,5% de usuários ativos.
O Pokémon Go conseguiu esses números com menos de uma semana no ar. Para se ter uma ideia, o Tinder existe há quatro anos e o Twitter já tem 10 anos. O resultado é ainda mais espantoso porque o jogo dos monstrinhos só está oficialmente disponível em três países: Austrália, Estados Unidos e Nova Zelândia.
A demanda é tanta que já existem programas para enganar o sistema, "simulando" que smartphone está em um desses países para conseguir fazer o download do jogo. Todo esse sucesso, no entanto, não era esperado pelos desenvolvedores do Pokémon Go e os servidores não estão suportando o grande número de acessos.
A criação do jogo e sua repercussão têm lições para empreendedores de qualquer área. Confira a seguir:
1. O jogo é inovador…
O primeiro jogo para videogame do Pokémon foi lançado em 1996, dois anos antes da criação da Pokémon Company (composta pela fabricante de jogos e aparelhos de videogame Nintendo; pela Game Freak, que desenvolveu os jogos Pokémon anteriores; e pela Creatures, que fabrica os brinquedos e jogos de cartas da série).
Apesar da experiência com games, o grupo decidiu firmar uma parceria com a Niantic. Criada em 2010, a startup é focada em jogos de realidade aumentada, que integram o mundo real e informações virtuais em uma tela.
Pokémon Go é pura realidade aumentada. No jogo, os usuários usam a câmera de seu telefone para conseguir encontrar os Pokémons, que se integram às cenais reais. Essa junção de real e virtual, aliás, virou tema para uma série de memesinspiradas no jogo.

2. …mas também segue tendências do presenteAlém do uso de realidade aumentada, o jogo aproveitou duas tendências do mercado de games já usadas há alguns anos: o uso do mobile e a monetização. A grande maioria dos jogos dos monstrinhos foi feita para videogames. Pokémon Go é apenas o segundo título da série criado para dispositivos móveis. Até então, só o jogo Pokémon Shuffle havia sido feito para smartphones.
A segunda tendência é o modelo de monetização. O download de Pokémon Go é grátis, com compras dentro do aplicativo.

3. A nostalgia importa
Trazer de volta grandes clássicos infantis virou uma importante fonte de receita para grandes empresas. Depois do primeiro jogo de Pokémon em 1996, lançado para o Game Boy, o desenho animado transformou a série em uma febre mundial. Os adultos que estão sedentos pelo app foram as crianças que não desgrudavam das telinhas no fim da década de 1990.
Para muitos desses fãs, os jogos de Pokémon representam boas lembranças do começo de suas vidas. E essa nostalgia contribui para o sucesso do game de realidade aumentada.

4. A resiliência vale a pena
A história da Nintendo, uma das detentoras da franquia, é motivo de inspiração para empreendedores.
Criada há 126 anos, a empresa japonesa surgiu como uma fabricante de jogos de cartas. Na década de 1970, começou a vender jogos eletrônicos. Foi a grande empresa do mercado de videogames por mais ou menos 20 anos, quando o Playstation, da Sony, tomou a dianteira do setor.
A companhia teve resultados negativos até 2006, quando lançou o Wii. O videogame tinha gráficos simples, foco na diversão em família e um controle com sensores de movimento – em um jogo de tênis, por exemplo, os jogadores usavam o dispositivo como uma raquete em vez de apertar botões, como acontecia com modelos convencionais.
No último ano, o lucro da Nintendo caiu consideravelmente: em 2015, a Nintendo teve um saldo positivo de R$ 515,2 milhões, número menor que os R$ 1,32 bilhão registrados no ano anterior.
No entanto, o jogo Pokémon Go já influencia os números da Nintendo. Somente na última segunda-feira (11/6), as ações da empresa subiram 25% e passaram a valer US$ 200 cada. 
Foi a maior alta da empresa desde 1983, ano do lançamento do Nintendo Entertainment System, videogame que foi um dos maiores sucessos da companhia japonesa.

5. Servidores são muito importante
O lançamento do jogo de realidade aumentada de Pokémon não traz só lições do que empreendedores devem fazer. Há também algo que não deve ser negligenciado.
Aparentemente, Niantic e Pokémon Company esperavam que Pokémon Go fosse um sucesso. Mas não tão grande. As duas empresas limitaram os locais de lançamento, mas não impediram que fãs de todo o planeta baixassem o jogo.
A grande demanda fez com que os servidores não suportassem a quantidade de jogadores, o que levou o app a instabilidades.
Empreendedores de tecnologia devem ter muita atenção com a capacidade dos seus servidores. Em datas com fluxo maior de compra, como o Natal, sua loja virtual deve estar preparada para receber grandes números de pessoas e não deixar ninguém na mão. Neste aspecto, não faça como os criadores de Pokémon Go. 

Fonte: http://revistapegn.globo.com/Empreendedorismo/noticia/2016/07/5-licoes-de-pokemon-go-para-empreendedores.html?utm_source=facebook&utm_medium=social